sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bel-prazer

Tenho bel-prazeres de existir
Pra ser
sem poder
nada ter
do ver
sem fazer
com querer
sem permanecer e ate sucumbir sem nada acontecer.

Ate pelo menos voltar
para dar ao nobre sem coroa ter.

Pelo fato de ter
sem nada receber,
Sentado num trono de lindos tesouros,
sem louros e sorriso estampado,
sem abalo de cantos feios.

Ora moça e se somente nessa hora tu entoar uma canção,
para esse meu coração tão amargurado pela vida na ida traiçoeira mal feita e nada encantadora.

E por isso eu me demito de teus beijos,
sem anseios,
nada de festejos e muita cachaça.

Ora não se entregue faça o que puder e,
se der:
Ter fé.

Escoando das feras malditas,
Cujas ditas frias de coração...
Ora moça bonita,
eu encontrei em ti meu alento,
meu calento e ate tormento.

Perante tudo isso:
ZumZumZum de roda de samba,
isso não me cansa.
Fazemos! E coloque no nosso imaginário.

Eu lhe tenho bel-prazer... Tu me ambicionas...
É apenas uma saudade da maloca pouco assobradada,
Nesse canto o todo nada sei,
pelo que sei e,
ate onde sei
Só a mente hoje:
-Ei de ser feliz,
Pelo que fiz.